sábado, 17 de abril de 2010

Classificando Pessoas



Olá pessoas.
Faz tempo que não posto... minha semana foi bem intensa, mas me deu várias idéias de temas para abordar.
Eu fiz uma reflexão dos meus padrões para amizade. Pensei e repensei  minha metodologia e cheguei em algumas conclusões que gostaria de expor agora.
Eu consegui classficar as pessoas não por ordem hierárquica de afinidade, como por exemplo, conhecido, colega, amigo, “amigão” e praticamente irmão. Eu reparei que eu possuo 5 categorias para enquadrar as pessoas e elas podem estar em mais de uma categoria ao mesmo tempo.
Eu divido as pessoas em:
Pessoas que eu não gosto, pessoas que eu não respeito, pessoas que eu não confio, pessoas que eu sinto pena e os meus amigos.
Vamos lá.
Pessoas que eu não gosto. Esta de longe é a mais abrangente. Aqui eu englobo pessoas com gosto oposto ao meu. Várias subcategorias aqui se fazem presente e vale uma ressalva. Nesta categoria entram pessoas com o gosto para determindas coisas que me incomodam de alguma forma. Ficam fora desta categoria pessoas com o gosto diferente do meu, mas que não me incomodam... coisas no qual sou indiferente.
Das subcategorias eu destaco algumas. A musical seria a mais importante, a primeira triagem. Eu tenho um gosto para música bem restrito. Já fui bem mais radical em relação a isso. Bastava não gostar do que eu gosto para entrar nesta subcategoria, hoje em dia ando mais flexível. Pode parecer cruel e um tanto irracional esta metodologia, mas com o passar do tempo (e coloca tempo nisso) eu reparei que a música é quase um carro-chefe da construção da sua vida ética e moral (e ideológica também). As pessoas interessantes, do meu ponto de vista, e entenda por interessantes pessoas com a mente aberta (paradoxal não?), liberais, críticas, muitas vezes marxistas e com opiniões fortes, são, geralmente, pessoas que gostam do mesmo tipo de música que eu amo. A recíproca nem sempre é verdadeira... mas acontece. Conheço algumas pessoas que são interessantes e não gostam do mesmo tipo de música que eu, porém elas gostam de algo que não me incomoda. Já as pessoas que gostam de algo que eu não suporto tendem a ter toda sua formação ideológica, ética e moral quase que oposta a minha.
Um exemplo. Não vou citar nomes, mas quando era criança eu tinha um grande amigo, meu melhor amigo. Nós perdemos contatos com cerca de 10 anos de idade.Estudamos juntos até então a vida toda no mesmo colégio, direitista, éramos praticamente vizinhos e fazíamos todas as atividades juntos. Até então eu já havia iniciado no mundo musical que contemplo hoje. Eu o reencontrei 15 anos mais tarde. Vamos a nossa ficha técnica atual.
Eu: Ateu, contra instituições religiosas e contra religião, anarco-comunista liberal, visual excêntrico com cabelo bem grande, barba, bem tatuado, fazendo faculdade de gegrafia.
Ele: Evangélico, faz parte do corpo juvenil da igreja, faz parte da extrema direita juvenil, visual ordinário (comum), fazendo faculdade de direito.
Agora o gosto musical:
Ele: Sertanejo, Gospel e músicas de rádio bem pops.
Eu: Heavy Metal  (menos New Metal), em especial Thrash Metal (Germânico e da Bay Area) e Progressive Metal. Hard Rock, Punk, Progressivo, Folk, Jazz, Blues, Southern Rock, MPB, Música Clássica e Samba de Raiz também me apetecem.
Só para esclarecer, eu comecei a escutar música com 7 anos devido ao vinis do meu pai. Simon and Garfunkel, The Beatles e Roxette. Não entendia nada que eles cantavam, mas a melodia me agradava bastante. Só a partir dos meus 13... 14 anos que comecei a prestar atenção nas letras e daí posso dizer que minha formação como pessoa (como sou hoje) começou.
Eu argumento que o tipo de música que eu amo instiga a reflexão crítica da nossa sociedade. Logo, sim, eu não gosto de pessoas com o gosto musical que me incomode.
Outra subcategoria do não gostar é a do visual. O mesmo vale para essa subcategoria. Visuais que não me incomodam não entram.
Visuais que são um tapa na cara da sociedade me agradam bastante. Gosto de agredir o senso comum das pessoas e exigir respeito pelas minhas escolhas; e admiro muito quem faz o mesmo. Viva a diversidade e o diferente. Padronização é um meio de controle de uma ideologia disfarçada de senso comum, coerção social. Uma músca que sempre me remete a este pensamento é a músca “Beautiful” do Marillion (deixarei a letra no final do post).
Linguagem verbal e corporal também é algo que me incomoda bastante. Seria uma subcategoria que considero.
Vou deixar bem claro aqui. Não gostar não é o mesmo que desrespeitar. Eu não aprovo e muito menos apoio visuais, gostos musicais e linguagem que não gosto, porém NUNCA desrespeito quem os tem. As escolhas de cada um é um processo interno e profundo. Agredir alguém verbalmente ou fisicamente por discordar de você é algo que não aprovo e, de fato, abomino. Mas sempre estou disposto a debater sobre essas questões de gosto, por que não?
Pessoas que eu não respeito. Muita calma, gente. Não respeitar não é o mesmo que desrespeitar. O meu não respeitar é não levar em considereção a opinião de certas pessoas que estão, ao meu ver, totalmente corrompidas por uma doutrinação que eu não apóio e sou contra. Ou seja, elas não estão abertas ao diálogo e muito menos se questionam se o que seguem, cegamente, é o correto.
Nisto eu englobo duas subcategorias. Religiosos e pessoas politicamente de direita.
Pessoas que eu não confio. Acho que esta se explica por si mesmo. Existem pessoas que eu gosto, respeito, mas não confio. Isso pode estar atrelado a diversas causas. Desde algo totalmente sem fundamento como não ir com a cara da pessoa por causa da cor dos olhos. Realmente eu possuo uma péssima tendência em não ir com a cara de pessoas de olhos claros. Não sei explicar o por que. Já li na revista Mente e Cérebro que pessoas de olhos castanhos e escuros transmitem mais segurança. Enfim, também não confio muito nas de olhos totalmente negros. Sem explicação também. Eu lamento por essa minha deficiência. Pessoas de cabelo loiro também me causam uma certa resistência... lamento não poder explicar também. Eu devo ter (com certeza) algum distúrbio neurológico. O que me remete a olhar para meus amigos e ver que todos possuem olhos castanhos escuros e cabelos escuros. Pessoas muito malhadas e bronzeadas de sol me causam certa retração também. Não é a cor da pele que influencia nisso (não sou racista), tenho amigos negros com a tonalidade da pele igual ou mais escura do que alguém que fica torrando na praia. Deve ser pelo o ato de torrar na praia, talvez. Tenho que dedicar mais tempo para refletir sobre isso.
Pessoas que sinto pena. Essa é uma categoria complicada de explicar. Basicamente essas pessoas estão nas outras 3 categorias citadas anteriormente. Para não ter que explicar para um amigo o porque de eu não gostar de determinada pessoa (e explicar que eu não gosto, não respeito e não confio) falo que sinto pena.
E, por fim, a categoria dos meu grandes amigos. Que tem somente 5 integrantes (não considero família nestas categorias, tenho outras categorias especiais para eles, basicamente duas. Gosto e não gosto). A maioria deles possuem religião, mas tem a mente aberta. Apenas 1 não gosta do mesmo tipo de música que eu, mas a que ele gosta não me incomoda. Todos possuem visual que não me incomoda.
São 5 grande irmãos que posso contar sempre e a recíproca é verdadeira.
Bem, gente. Creio que é isso. Tentarei postar mais 2 vezes durante o feriadão para compensar a semana que fiquei sem postar nada.
Até lá.

Beautiful - Marillion
Composição: Hogarth/Kelly/Mosley/Rothery/Trewavas
Everybody knows that we live in a world
Where they give bad names to beautiful things
Everybody knows that we live in a world
Where we don't give beautiful things a second glance
Heaven only knows we live in a world
Where what we call beautiful is just something on sale
People laughing behind their hands while the fragile
And the sensitive are given no chance
And the leaves turn from red to brown
To be trodden down, to be trodden down
And the leaves turn from red to brown
Fall to the ground, fall to the ground
We don't have to live in a world
Where we give bad names to beautiful things
We should live in a beautiful world
We should give beautiful a second chance
And the leaves fall from red to brown
To be trodden down, to the trodden down
And the leaves turn green to red to brown
Fall to the ground, and get kicked around
You're strong enough to be...
Have you the faith to be...?
You're sane enough to be..
Honest enough to say...
Don't have to be the same...
Don't have to be this way
C'mon and sign your name
You wild enough to remain beautiful
Beautiful
And the leaves turn from red to brown
To be trodden down, trodden down
And we all fall green to red to brown
Fall to the ground, we could turn it around
You're strong enough to be..
Why don't you stand up and say?
Give yourself a break
They laugh at you anyway
So why don't you stand up and be Beautiful?