quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Quem, realmente, é você?

Há muito tempo eu queria voltar a postar no blog... e finalmente hoje tive tempo (e disposição) para isso. Durante as férias pude ler com mais calma a série The Walking Dead (enquanto esperava para a continuação do seriado na FOX) e algumas passagens me remeteram a uma pergunta. Quem realmente nós somos?

Eu sempre me defini, e os outros, pelos gostos... o que é uma característica totalmente cultural. Mas num mundo onde a cultura midiática não existe (como no caso de um apocalipse) você é definido como? Pelo estilo de música que escuta? Roupas que veste? O que gosta de comer? O que gosta de ler? Obviamente que não...

Então o que nos define é o que pensamos/desejamos? Isso parece plausível pra mim. Mas alguém é sempre 100% honesto com todos o tempo todo? Claro que não... já dizia George Carlin que "se a honestidade fosse introduzida no convívio humano o sistema entraria em colapso". Bem... embora não sejamos 100% honestos nos conhecemos ao ponto de saber quem somos. 

Graças aos seriados/jogos/filmes (e noticiários sensacionalistas) sobre o "fim do mundo" é notório quão bestial é o ser humano. Totalmente dependente das circinstâncias. Já dizia o Coringa que "as pessoas são tão civilizadas quanto o mundo permite que elas sejam"... e convenhamos... quando as coisas apertam o ser humano é um ser capaz de qualquer coisa (literalmente). Então fiquei pensando no passar das férias que a natureza humana é, me perdoe Lenin, má.

Mas só pensar ou desejar coisas "ruins" (aqui não cabe julgar a moralidade dos atos) me faz ser alguém ruim? Creio que não. A trava social vs instinto... a constante briga do ID contra o Superego... se desenrola em cada um de forma diferente e a sociade, cada uma na sua época, vai julgar a moralidade dos atos do indivíduo.

Então... quando alguém me pergunta "quem é você?" Respondo... "depende de onde e quando."

Nenhum comentário: